sábado, 7 de agosto de 2010

Mombojó - Amigo do Tempo (2010)

Volto a escrever aqui depois de uma longa pausa por motivos profissionais, fase da vida que coincide incrivelvelmente com a temática lançada pelo quinteto conterrâneo mombojó no novo album que quebra um intervalo de 4 anos sem novos cds.

O terceiro album da banda carrega anos de experiência e histórias que convertem num som que passeia pela nostalgia, tristeza e solidão sem perder a essência e coesão dos trabalhos anteriores, tudo isso ligado a uma temática de assuntos cotidianos e simples que interferem diretamente num instrumental também simples mas muitas vezes criativo.

Embasados no termo alemão "Zeitgeist" que reflete "o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo numa certa época ou as características genéricas de m determinado período de tempo", o mombojó cria a idéia da parceria com algo tão subjetivo como o tempo para descrever suas sensações e expectativas em relação à vida.

Numa análise mais específica, as música que se destacam são: a nostálgica e incomum "Casa caiada", "Antimonotonia" que se aproxima do clima Surf Music porém repleta de variações de humor e a divertida "papapa" que ja era conhecida por gravações anteriores e recebeu um clip muito bem produzido e engraçado que rendeu muitos comentários positivos e inclusive uma indicação como melhor clip do ano no VMB.


Para Baixar: www.mombojo.com.br/baixarcd/

domingo, 18 de abril de 2010

My Propeller (Ep) - Arctic Monkeys (2010)


Lançado em 22 de março, o mais novo EP da banda inglesa chega à lojas sem impressionar muita gente. Os Macacos divulgam um trabalho com um estilo muito semelhante ao seu último album "humbug" (2009) e sem música que se destacam, apesar da inegável qualidade sonora.

"Satisfatório", é a palavra que descreve o EP, na minha opinião. Confessando que faço parte dos fãs que não gostou muito da fase "sombria" da banda, já que considero que eles perderam muito com a ausência de letras engraçadas, batidas empolgantes e pegadas diferentes características de seus trabalhos anteriores.

O destaque do single, fora a já conhecida e muita boa "my propeller", é a "the afternoon´s hat" com um desenvolvimento legal e uma balada contagiante, o clip de "my propeller" foi lançado junto com o single e segue a série de clips totalmente diferentes dos que os arctic monkeys estão acostumados a fazer.
Lista das Músicas:
My Propeller (3:28)
Joining The Dots (3:19)
The Afternoon´s Hat (4:11)
Don´t Forget Whose Legs You´re On (3:35)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Broken Bells - Broken Bells (2010)

O projeto "Broken Bells" do produtor e multiinstrumentista conhecido como "Danger Mouse" (gnals barkley e produção de discos do gorillaz) em parceria com o guitarrista/vocalista e também produtor James Mercer (The Shins) já vinha sendo acompanhando por diversos fãs, desde o lançamento (ou vazamento) do single "The High Road", criando muita espectativa entre os mesmos.
O álbum teve ampla aceitação na comunidade musical, já rotulado como um dos cds mais "bem produzidos" da atualidade e inclusve definido, no site "laboratoriopop", como sendo o filho (menos deprimido auehuaheaue) resultante da fusão do "Amnesiac" (Radiohead) com o "Demon Days" (Gorillaz).
A sonoridade do Broken Bells pode ser definida como: dançante, indie, objetiva, eletrônica e agradável. As músicas relembram diversas estéticas, mas sem sair do eixo pop com uma pequena influência psicodélica.
São muitos os pontos altos encotrados por mim, tais quais em "Vaporize" (energética, com teclados e batida bem marcada), "The Ghost Inside" (virada ritmica com ótima harmonia) e a já aclamada "The High Road" (pianos e backing vocals de primeira). Porém, encontro pontos baixos em "trap doors" e "citizen" (não mostram nada de diferente/impressionante), que aparecem em sequencia no album.

Lista das Músicas:

1. "The High Road" – 3:54
2. "Vaporize" – 3:32
3. "Your Head Is on Fire" – 3:06
4. "The Ghost Inside" – 3:19
5. "Sailing to Nowhere" – 3:46
6. "Trap Doors" – 3:19
7. "Citizen" – 4:29
8. "October" – 3:37
9."Mongrel Heart" – 4:26
10. "The Mall and Misery" – 4:06

PARA BAIXAR:
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domingo, 14 de março de 2010

Gorillaz - Plastic Beach (2010)


5 anos após o lançamento do "Demon Days", a banda inglesa virtual "Gorillaz" lança o album mais aclamado de 2010 (até agora), o "Plastic Beach" lançado em março desse ano.
O projeto do músico Damon Albarn (Blur) e do desenhista Jamie Hewlett (Tank Girl), em andamento desde o primeiro album de 2001 (Gorillaz), que explora a idéia de uma banda virtual, liderada por personagens fictícios dotados de um estética peculiar adotada por Hewlett.
Terceiro trabalho fruto do projeto, "Plastic Beach" se enquadra nos gêneros atribuídos aos cds anteriores, tais quais: hip hop, trip hop, dub, eletrônica, rock alternativo e pop. Mesmo assim, podemos encontrar diversas novidades no som da banda, como uma maior influência eletrônica (perceptível desde o lançamento do single "Stylo"), raps mais "secos" e menos animação em geral, músicas com uma pegada mais leve.
O conceito da "praia de plástico", foi criado por Albarn após ter observado a quantidade de lixo numa praia perto de sua casa, e o conceito evoluiu ainda mais depois que foi visitar um lixão no mar para gravar o som das gaivotas e do oceano (que aparecem na primeira faixa do cd).
A primeira impressão é que é mais uma crítica à poluição, de uma forma geral, já que as letras englobam uma temática de consumismo e ecologia. Porém, Albarn percebeu (em sua visita ao lixão) que naquele ambiente viviam milhares de seres que dependiam daquele lixo para viver e ele desenvolve o conceito através da idéia (estranhamente otimista) de que não estamos destruindo o mundo, mas transformando-o.
Os convidados desse album são ninguém menos que: Snoop Dog (participa da faixa "Welcome To The World Of Plastic Beach"), o grupo de hip hop "De La Soul", Lou Reed (velvet underground), Mick Jones e Paul Simonon ( The Clash) e a inesperada participação da "Orquestra Nacional Libanesa", trazendo o som árabe.
Os destaques do album são: A excêntrica "White FLag" (atuação da orquestra nacional libanesa), A balada pop - eletrõnica "On Melancholy Hill" e a já esperada "Stylo" que teve lançamento prévio, inclusive junto com o ótimo clip, disponível abaixo.


Lista das Músicas:
1. Orchestral Intro (1:09)
2. Welcome to the World of the Plastic Beach (3:36)
3. White Flag (3:44)
4. Rhinestone Eyes (3:20)
5. Stylo (4:31)
6. Superfast Jellyfish (2:55)
7. Empire Ants (4:44)
8. GLitter Freeze (4:03)
9. Some Kind Of Nature (3:00)
10. On Melancholy Hill (3:54)
11. Broken (3:17)
12. Sweepstakes (5:21)
13. Plastic Beach (3:47)
14. To Binge (3:53)
15. Cloud Of Unknowing (3:09)
16. Pirate Jet (2:32)
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quarta-feira, 10 de março de 2010

Los Campesinos! - Romance Is Boring (2010)

Com esse título estranho, e capa mais estranha ainda, a banda galesa "los campesinos!" lança seu terceiro álbum (26 de janeiro), após a impressionante marca de dois cds lançados num mesmo ano (2008), e já recebe um bombardeio da crítica.
Muita gente acha estranho alguém afirmar que romance é "chato", mas vale ressaltar que "boring" pode significar perfuração, buraco, orifício... o que poderia explicar as pernas machucadas que estampam a capa do disco.
Direto ao ponto, "romance is boring",produzido por John Goodmanson, é considerado um trabalho cheio de irregularidades que não segue os bons comentários dos álbums anteriores, apesar de ainda ter a base indie, misturado com vários estilos de punk e até música galesa.
O motivo do declínio de qualidade sonora pode ser atribuído ao fato de que não se sente, nos "los campesinos!", a mesma energia transmitida em seus trabalhos anteriores e sim o que podemos considerar como " a lembrança de uma energia" que não afeta as pessoas positivamente como faziam antes.
Tal problema pode ser reflexo de uma série de experimentalismos mal sucedidos e escolhas infelizes de melodias e harmonias, transformando o álbum no verdadeiro "boring", a tal ponto que eu não consigo escutá-lo por completo.

Lista das Músicas:
1. "In Medias Res" (4:42)
2. "There Are Listed Buildings" (2:54)
3. "Romance Is Boring" (2:35)
4. "We've Got Your Back" (4:29)
5. "Plan A" (2:02)
6. "200-102" (0:53)
7. "Straight in at 101" (3:55)
8. "Who Fell Asleep In" (4:11)
9. "I Warned You: Do Not Make an Enemy of Me" (2:47)
10. "Heart Swells/100-1" (0:46)
11. "I Just Sighed. I Just Sighed, Just So You Know" (4:38)
12. "A Heat Rash in the Shape of the Show Me State; or, Letters from Me to Charlotte" (3:43) 13. "The Sea Is a Good Place to Think of the Future" (4:24)
14. "This Is a Flag. There Is No Wind" (3:28)
15. "Coda: A Burn Scar in the Shape of the Sooner State" (2:52)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Hot Chip - One Life Stand (2010)


Particularmente, nunca me interessei muito pelo trabalho dessa banda britânica de indie-eletro-pop, porém, com o novo álbum: "One Life Stand", grande parte dos defeitos encontrados por mim foram supridos.
O grupo era visto (não só por mim) como criador de hits "vazios" e apelativos, do tempo de seu primeiro disco: "The Warning". O que encontro no novo trabalho é o amadurecimento de uma banda que conseguiu canalizar a fama para a criatividade ao invés de insistir na mesma fórmula mágica do sucesso, refletindo num álbum diferente de seus outros, repletos de singles que não passavam de satisfatórios e independentes da proposta do disco.
"One Life Stand" traz a idéia (talvez, clichê) de que vivemos apenas uma vez, que devemos aproveitar e encontrar o verdadeiro amor, na verdade o amor é o tema central do cd, que traz músicas mais sérias e maduras, com boas letras coesas, não só em si mesmas, mas entre as própias músicas, fazendo com que o álbum inteiro ganhe um sentido, que difere da safra de discos resultantes da compilação de canções aleatórias.
O destaque das músicas continua sendo a afinidade vocal entre Alexis Taylor e Joe Goddard, atrelado a muitos sintetizadores e batidas secas e repetitivas, e em "One Life Stand" existe a inclusão de instrumentos de cordas (inédito antes, acredito eu).
Continuo, por questão de gosto musical, achando as músicas relativamente repetitivas e muito calmas, mas agora as entendo como parte de uma estética e estilo definidos pela banda que agora entra em sintonia de uma forma geral, e tem sentido própio.


Lista das Músicas:

"Thieves in the Night" – 6:09
"Hand Me Down Your Love" – 4:33
"I Feel Better" – 4:41
"One Life Stand (song)" – 5:23
"Brothers" – 4:21
"Slush" – 6:29
"Alley Cats" – 5:21
"We Have Love" – 4:28
"Keep Quiet" – 4:02
"Take It In" – 4:10

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Massive Attack - Heligoland (2010)


Analisar o coletivo que fundou as raízes do "trip-hop" e ajudou a firmar as bases da música eletrônica a partir do anos 90 não é muito fácil, ainda mais quando a própia crítica especializada se encontra dividida em relação ao novo trabalho do duo britânico.
O problema é que "Heligoland" vem carregado com o peso dos seus antecessores, já que a Massive Attack é caracterizada pelo lançamento de álbums conceituais e de uma certa "revolução" na música, ainda mas quando se fala do "blue lines", o álbum de estréia da banda em 1991, considerado sua obra prima.
O disco é repleto de boa músicas, porém, se aproxima diversas vezes de antigos trabalhos, principalmente do "blue lines" (do meu ponto de vista, uma volta ás origens), o que pode ser considerado como uma coisa boa, revelando a manutenção de seu estilo. Entretanto, há quem diga que a falta de inovação do novo álbum quebra o que vinha sendo uma série de álbums totalmente individualizados, ímpares. Acontece que um bom argumento é que eles utilizam menos do hip hop, condição inerente ao trip hop, alterado algumas vezes como na música "pray for rain", de clima sacro, que convida à uma nova "trip".
De fato, "Heligoland", recém-lançado no Brasil, segue o mesmo caminho trilhado desde a sua assombrosa estréia, com o clima de tensão, quase sempre lento, hipnótico e ocasionalmente dramático que fez com seja comparado à algum tipo de trilha sonora de filmes assombrosos.
O álbum é o quinto lançado pela banda, e o primeiro em sete anos de intervalo. Como sempre, foram muitos os convidados para os vocais, dentre eles Damon Albarn (Blur) e Tunde Adebimpe (TV on the Radio) e o resultado é mais do que satisfatório.

Lista das mpusicas:
1. Pray for Rain (6:43)
2. Babel (5:18)
3. Splitting the Atom (5:15)
4. Girl I Love You (5:26)
5. Psyche (3:23)
6. Flat of the Blade (5:29)
7. Paradise Circus (4:58)
8. Rush Minute (4:48)
9. Saturday Come Slow (3:42)
10. Atlas Airs (7:47)

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